Já imaginou um teste capaz de identificar doenças antes mesmo dos sintomas aparecerem? É isso o que o Teste do Pezinho faz. Desde 1992, o teste se tornou obrigatório para todos os bebês recém-nascidos. No post de hoje, o Portal da Maternidade trouxe informações importantes sobre o Teste do Pezinho. Boa leitura!
O Teste do Pezinho, realizado entre o terceiro e quinto dia de nascimento do bebê, ajuda a diagnosticar doenças metabólicas, genéticas e infecciosas que podem afetar o desenvolvimento do recém-nascido. As doenças não apresentam sintomas detectáveis, ficando “escondidas” nos primeiros dias de vida do bebê. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2012 e 2017, 14.546.968 de recém-nascidos realizaram o Teste do Pezinho. Dentre os bebês testados, 17.410 recém-nascidos foram diagnosticados com alguma das doenças detectadas pelo teste. Diagnosticadas a tempo, maiores as chances de evitar sequelas, quadros clínicos graves e até óbitos.
O exame é rápido e não traz riscos aos bebês. Para realizá-lo, basta tirar algumas gotinhas de sangue do calcanhar do bebê com os materiais necessários. O sangue é retirado do calcanhar por ser um local com muitos vasos sanguíneos, facilitando a retirarem das gotinhas. O Teste do Pezinho precisa ser realizado entre o segundo e o quinto dia de nascimento do bebê
Após esse período, é possível realizar o teste? Sim, mas os resultados são mais precisos e as chances de tratamentos efetivos são maiores quando o teste é realizado no período indicado.
Não se esqueça: o Teste do Pezinho é obrigatório e pode ser feito de forma gratuita pelo SUS!
Fique atenta: confirme com o hospital se eles realizaram o Teste do Pezinho no seu bebê. Muitas mães deixam o hospital/maternidade achando que eles realizaram o exame, mas as vezes não é o caso. Confirme com os médicos e caso o exame não tenha sido realizado, se programe para levar seu bebê o quanto antes para realizá-lo.

Segundo o Ministério da Saúde, o Teste do Pezinho é capaz de identificar seis tipos de doenças:
#1 – Fenilcetonúria: A fenilcetonúria é um dos erros inatos do metabolismo de herança genética. Dessa forma, ela provoca o acúmulo do aminoácido Fenilalanina no organismo, o que leva à deficiência mental, comportamento agitado ou padrão autista, convulsões. Com o Teste do Pezinho, é possível fazer o diagnóstico precoce da doença e iniciar o tratamento, havendo possibilidade de cura.
#2 – Hipotireoidismo congênito: É a redução da produção adequada de hormônios tireoideanos - essenciais para o desenvolvimento neurológico do ser humano - que resulta em um crescimento e desenvolvimento mental seriamente comprometidos, além de modificações corporais, entre outras. Com o tratamento adequado - que consiste na reposição dos hormônios tireóideos deficitários - é possível prevenir o agravamento das doenças.
#3 – Doença falciforme: A doença da falciforme é causada por uma alteração na estrutura da hemoglobina, onde as hemácias assumem forma de lua minguante. Por conta disso, a alteração dasmoléculas de hemoglobina provocam:
A doença falciforme é hereditária - passa de pais para os filhos. O ideal é que o tratamento seja iniciado antes dos quatro meses de vida, por isso é importante realizar o Teste do Pezinho, assim o tratamento pode ser iniciado o quanto antes caso o bebê possua a doença.
#4 – Fibrose cística: A fibrose cística é uma das doenças hereditárias consideradas graves. Afeta especialmente os pulmões e o pâncrea por conta do aumento da viscosidade do muco, causando infecções crônicas. Além disso, apresenta sintomas mais graves e complicações como a desnutrição, o diabetes, a insuficiência hepática e a osteoporose. Para o tratamento, é recomendado um acompanhamento médico regular, seguindo uma dieta específica, além de uso de enzimas, fisioterapia respiratória e suplementação vitamínica.
#5 – Hiperplasia adrenal congênita: Transmitida geneticamente, a doença se caracteriza por diferentes deficiências enzimáticas na síntese dos esteroides adrenais, causando mau funcionamento das glândulas, prejudicando a produção de hormônios essenciais para o corpo, podendo causar o crescimento excessivo, puberdade precoce, entre outros. O diagnóstico precoce, assim como o tratamento adequado melhoram a doença, podendo normalizá-la em muitos casos.
#6 – Deficiência de biotinidase: A deficiência de biotinidase é uma doença metabólica hereditária, ela impede o organismo de aproveitar a vitamina biotina, presente nos alimentos. Manifesta-se a partir da sétima semana de vida - podendo ser identificada antes com o Teste do Pezinho - por meio de alguns distúrbios, como:
É possível evitar as deficiências com o tratamento ideal, que é realizado por doses diárias de biotina. O tratamento é muito simples e de baixo custo.
Essas são as doenças detectadas no Teste do Pezinho, por isso, é essencial que todos os recém-nascidos realizem o teste. Lembrando que o teste é gratuito pelo SUS.
Além do Teste do Pezinho, o SUS oferece outros testes gratuitos que são essenciais para os bebês, são eles:
Teste da Orelhinha: realizado nos primeiros dias de vida do bebê (24h a 48hrs), para detectar possíveis deficiências auditivas.
Teste do Olhinho: o exame busca identificar problemas como cataratas, retinoblastoma, entre outros transtornos oculares.
Teste da Linguinha: capaz de identificar caso o bebê tenha a língua-presa.
Teste do Coraçãozinho: realizado para detectar caso o bebê tenha cardiopatias congênitas - malformação na estrutura do coração -, deve ser realizado entre 24 e 48 horas de vida, antes de receber alta da maternidade.
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